Votorantim Cimentos tem lucro líquido de R$ 1,8 bilhão no segundo trimestre de 2025

Receita líquida consolidada no período foi de R$ 7,5 bilhões, crescimento de 5% na comparação com o segundo trimestre de 2024

Por Conexão Mineral 12/08/2025 - 18:54 hs
Foto: Votorantim Cimentos
Votorantim Cimentos tem lucro líquido de R$ 1,8 bilhão no segundo trimestre de 2025
Vendas globais de cimento somaram 9,3 milhões de toneladas no segundo trimestre

A Votorantim Cimentos encerrou o segundo trimestre de 2025 com avanços na receita líquida, no lucro e no resultado operacional, explicados por maiores volumes de vendas e dinâmica de preços positiva, suportados pela diversificação geográfica e de produtos. A companhia registrou receita líquida global de R$ 7,5 bilhões no segundo trimestre de 2025, crescimento de 5% na comparação com o mesmo período do ano passado, excluindo variação cambial. O resultado é fruto da dinâmica positiva tanto em volume de vendas quanto em preço no portfólio consolidado. No segundo trimestre do ano, as vendas globais de cimento da empresa somaram 9,3 milhões de toneladas, aumento de 3% em relação ao mesmo período de 2024.

“Encerramos o segundo trimestre com resultados sólidos, suportados pela nossa diversificação de negócios e pelo balanceamento de portfólio entre mercados desenvolvidos e emergentes. Em linha com o nosso mandato estratégico, seguimos avançando nos investimentos em competitividade, descarbonização e novos negócios, possibilitados pela nossa robustez e disciplina financeira, mesmo em um ambiente volátil e de cautela”, afirma Osvaldo Ayres, CEO global da Votorantim Cimentos.

O EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado consolidado atingiu R$ 1,8 bilhão no segundo trimestre, representando um aumento de 5% em moeda local em relação ao mesmo período de 2024, resultado do crescimento de receita líquida e da melhora de preço acima do aumento de custos, que ampliaram a rentabilidade. A margem EBITDA no segundo trimestre foi de 24%, crescimento de 1 ponto percentual na comparação com o 2T24.

A Votorantim Cimentos registrou lucro líquido de R$ 1,8 bilhão no segundo trimestre do ano, um crescimento de 250% em relação aos R$ 515 milhões obtidos no 2T24, explicado pelo aumento do resultado operacional, impacto positivo na linha de impostos e do desinvestimento do Marrocos concluído no período.

Os investimentos (Capex) no segundo trimestre do ano totalizaram R$ 808 milhões, 20% maior que no mesmo período do ano passado. Esse aumento é explicado pela estratégia global de investimentos em modernização e competitividade, além de projetos atrelados aos compromissos de descarbonização e novos negócios. Os projetos de sustaining, modernização e demais investimentos correspondem a 81% do total de Capex consolidado. O restante corresponde a investimentos em projetos de expansão.

No fechamento do segundo trimestre de 2025, a alavancagem, medida pela relação dívida líquida/EBITDA ajustado, foi de 1,78x, redução de 0,19x comparada à alavancagem do 2T24, considerando apenas as operações continuadas. No final do 2T25, o montante em caixa e aplicações financeiras da Votorantim Cimentos manteve uma sólida liquidez, no valor de R$ 5,2 bilhões, permitindo que a companhia cumpra com as suas obrigações financeiras pelos próximos quatro anos.

“No trimestre, anunciamos a conclusão da venda dos ativos do Marrocos que, somada ao desinvestimento já anunciado da Tunísia, reforça a nossa estratégia de diversificação geográfica e de alocação de capital. Seguimos com uma posição de caixa robusto para suportar a execução da nossa estratégia”, afirma Antonio Pelicano, CFO Global da Votorantim Cimentos.

Em julho, a companhia renegociou uma de suas duas linhas de crédito rotativas no montante de US$ 250 milhões, com extensão de prazo para cinco anos, melhores condições e aumento do número de contrapartes.

No início de agosto, a Votorantim Cimentos anunciou investimentos de R$ 330 milhões em obras de ampliação e modernização de suas operações localizadas em Nobres e Cuiabá, no estado do Mato Grosso, com início neste ano e previsão de finalização em 2026.  Essas obras fazem parte do plano de investimentos de R$ 5 bilhões da empresa no Brasil, anunciado em 2024, que tem foco em modernização, aumento de capacidade, competitividade e descarbonização, dos quais R$ 2,3 bilhões já estão em execução.

A fábrica de Nobres vai receber uma nova moagem de cimento, que aumentará em 60% a capacidade de produção da unidade, que saltará das atuais 750 mil toneladas/ano para 1,2 milhão de toneladas de cimento por ano. A companhia também irá elevar em mais de 20% a capacidade de produção de calcário agrícola na fábrica mato-grossense, que passará das atuais 740 mil toneladas/ano para 900 mil toneladas/ano desse importante insumo da Viter, a unidade de negócios da empresa para o agro.

Na unidade de Cuiabá, a Votorantim Cimentos fará, por meio da Verdera, sua unidade de negócio especializada em gestão e destinação sustentável de resíduos, investimentos em modernizações e na instalação de uma planta de trituração de pneus inservíveis. Após triturados, esses pneus inservíveis são encaminhados para o coprocessamento nos fornos de produção de cimento da empresa. O coprocessamento é uma tecnologia usada mundialmente como destinação correta para eliminação de diferentes tipos de resíduos, transformando esses materiais em energia para a indústria cimenteira, substituindo o coque de petróleo, um combustível fóssil, e reduzindo a emissão de gases de efeito estufa, como o CO2.

Desempenho por região

No Brasil, a Votorantim Cimentos alcançou receita líquida de R$ 3,5 bilhões no segundo trimestre de 2025, crescimento de 8% na comparação com mesmo período de 2024, principalmente pela dinâmica positiva de volume de vendas e preços. O EBITDA ajustado foi de R$ 555 milhões, arrefecimento de 2% em relação ao 2T24, explicado principalmente pelo aumento de custos variáveis, parcialmente mitigado pelo avanço de receita líquida.

Na América do Norte, a receita líquida atingiu R$ 2,4 bilhões no segundo trimestre, um avanço de 3% em relação ao 2T24, excluindo variação cambial. A dinâmica positiva de preços compensou a desaceleração de mercado, tanto por efeitos climáticos quanto pelo cenário macroeconômico, majoritariamente no Canadá. O EBITDA ajustado da região foi de R$ 728 milhões no período, aumento de 10% na comparação com o segundo trimestre de 2024 em moeda local. O incremento no resultado foi devido ao avanço de receita líquida, combinado com arrefecimento de custos variáveis, além do crescimento via aquisições complementares em transações de menor escala em concreto e agregados. 

Na Europa e Ásia, a receita líquida subiu 3% no 2T25 comparada ao 2T24, excluindo variação cambial, atingindo R$ 1,2 bilhão. O resultado foi impactado pela dinâmica positiva de preços na Espanha e maior volume de vendas na Turquia. O EBITDA ajustado na região foi de R$ 399 milhões no período, aumento de 32% em relação ao 2T24 em moeda local. O resultado operacional positivo foi decorrente da dinâmica de mercado nos países e do avanço de margens advindo do arrefecimento nos custos variáveis.

Na América Latina, a receita líquida avançou 20% em moeda local no segundo trimestre de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024, atingindo R$ 284 milhões, resultado de melhor dinâmica de mercado na Bolívia e no Uruguai. A região finalizou o trimestre com EBITDA ajustado de R$ 61 milhões, 92% maior que o 2T24, excluindo o efeito de variação cambial, com avanço em margens.

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